Templarismo e Templaridade: reflexões

Nos dias de hoje o que é o templarismo e o que representa?
Não é fácil definir o que é o templarismo.

Segundo Stelio W. Venceslai em a “Utopia Templária” não se consegue perceber bem o que é, pois não se trata de uma nova corrente filosófica, movimento político, conceção religiosa ou social.
Para este autor, com esta terminologia, hoje, engloba-se todo e qualquer movimento revivalista medieval.
Desde o seculo XVIII, o templarismo inclui eventos, conhecimentos e doutrinas confusas, que tendem a fazer passar por templário o que não é, ou razoavelmente, não o poderia ter sido.
Em seu nome, as ideias e a história confundem-se, as legitimidades, supostas ou verdadeiras, entrelaçam-se em iniciativas variadas e contrastantes (mais intrigas e lutas de sucessão que templarismo).
O espírito de caridade, ao abrigo do qual se vestem inúmeras das organizações, também não é a nota essencial para caraterizar o templarismo, (se ser templário é ser caridoso, contudo muitas pessoas dotadas de espírito de sacrifício e de altruísmo, não são templárias).
Este autor, conclui afirmando que, sem dúvida, é um termo fortemente evocativo, mas é de difícil compreensão, pois é impreciso devido a ser tão genérico e tem uma abrangência tal, onde cabe tudo e o contrário de tudo.

Assim, se efetivamente falar de templarismo contemporâneo pode ser difícil, por nos trazer à mente as mais diferentes associações de ideias, cabendo neste termo inúmeras interpretações, umas fantasiosas outras não, não obstante isso, podemos ensaiar uma tentativa de pensar organizar e caraterizar o templarismo.

 

Numa primeira aproximação ao assunto e de forma abrangente, o templarismo refere-se a movimentos e organizações que afirmam reviver, inspirar-se ou ser descendentes dos Cavaleiros Templários, a ordem militar e religiosa fundada no século XII e dissolvida no início do século XIV. Desde então para os tempos vindouros ficou a memória histórica do martírio dos templários, memória irreversível, não obstante a inocência reconhecida nos processos de condenação e readmissão aos Sacramentos, pela Bula de Clemente V, conforme consta da documentação original dos Arquivos secretos do Vaticano, trazida à luz do dia em 2001.

A ordem foi dissolvida, mas o seu legado permaneceu influente na cultura e história, chegando aos nossos dias nas diferentes conceções e interpretações do templarismo.

Num breve passeio pelos séculos, desde essa altura à atualidade, assinalemos o seguinte:

• Após a dissolução dos Templários pelo Papa Clemente V, nos séculos que se seguiram, surgiram grupos que alegavam ser a continuação secreta da ordem original, embora historiadores considerem essas reivindicações duvidosas.
• No século XVIII, especialmente na França e na Alemanha, difundiu-se a ideia de que os Templários continuaram suas atividades secretamente, influenciando ritos maçônicos e levando à criação de graus templários em organizações maçônicas. Essa tendência foi particularmente proeminente na maçonaria iluminista.
• A maioria dos grupos templários contemporâneos tem as suas origens no início do século XIX, sendo de referir o médico francês Bernard- Raymond Fabré-Palaprat, que em 1804 afirmou ter descoberto documentos que comprovavam uma linha ininterrupta de Grão-Mestres Templários desde a dissolução da ordem, tendo-se proclamado Grão-Mestre em 1805 e reestabelecido a ordem de forma independente da maçonaria.
• No século XX, o templarismo diversificou-se, incorporando elementos do esoterismo ocidental, crenças da Nova Era, da maçonaria e da cultura popular.
• Alguns grupos mantêm práticas altamente secretas que exigem iniciação, enquanto outros são mais cerimoniais, buscando replicar os ideais de cavalaria da ordem original sem elementos esotéricos, numa vertente mais intelectual, humanista, altruísta e solidária, rompendo a tradição do silencio e da transmissão oculta de poderes e hierarquias.
Chegando aos nossos dias, O templarismo é hoje um conceito que se refere tanto aos ideais históricos da Ordem dos Templários, quanto às lendas, mitos e teorias da conspiração que perduraram ao longo dos séculos.

São várias as formas pelas quais se manifesta e se tenta reavivar o ideal templário, tanto na cultura popular, como no plano espiritual, simbólico ou solidário. Existem numerosas Ordens Templárias contemporâneas que se consideram herdeiras ou continuadoras do seu legado, embora as interpretações variem muito dependendo da tradição que seguem. Essas organizações tendem a ser grupos fraternos, espirituais ou esotéricos que se baseiam em princípios de cavalaria, honra, espiritualidade e misticismo. Por conseguinte, para alcançar uma maior compreensão do templarismo moderno, podemos tentar arrumar as suas atuais manifestações, estruturando e alinhando as diferentes interpretações e práticas em 4 vertentes base essenciais à sua caraterização: 3 delas reconfiguradas em organizações templárias contemporâneas que reivindicam ligação com os templários e a outra, a 4 vertente, com a roupagem, que é dado ao templarismo pela cultura popular.

Comecemos pelas Ordens Templárias Cristãs.

São as organizações que centram a sua identidade nos valores cristãos e na defesa da fé, inspiradas nos princípios, símbolos e valores da Ordem templária medieval. Sem necessariamente terem uma relação direta com os templários históricos, identificam-se com a herança templária e promovem ideais cristãos, espirituais e filantrópicos no contexto contemporâneo. Estas ordens geralmente têm uma estrutura hierárquica e realizam atividades de serviço e caridade, preservando uma rica simbologia relacionada com os Templários históricos. Estas organizações realizam cerimônias de iniciação, eventos caritativos e promovem uma vida de serviço à fé e à comunidade.

São características comuns das ordens templárias cristãs modernas:
• a inspiração nos Princípios Templários: estas ordens procuram reavivar o legado espiritual e moral dos Cavaleiros Templários que, historicamente, combinaram a defesa da fé cristã com um código de honra, justiça e serviço aos necessitados. Mais do que a atividade militar a ênfase destas ordens contemporâneas está na filantropia, na espiritualidade cristã e no compromisso com os valores morais.
• A Estrutura Hierárquica: Muitas ordens templárias modernas mantêm uma estrutura hierárquica com graus e patentes, semelhante à medieval, que são projetados para refletir o compromisso e o crescimento espiritual dos membros: Grão-Mestre, Cavaleiros, e outros graus, como escudeiros, sargentos, comandantes.
• A integração de símbolos e rituais nas suas atividades: Estas ordens geralmente mantêm rituais e símbolos que lembram a tradição medieval, como a cruz templária, espadas cerimoniais e bandeiras que representam a luta pela fé e justiça. Estes símbolos não são apenas um elo com a história, mas também uma evocação dos princípios espirituais e morais que guiam os membros. As Ordens Templárias Cristãs Modernas partilham os seguintes princípios e valores fundamentais comuns:
• A Proteção da Fé Cristã, promovendo a defesa e proteção da fé cristã através da oração, estudo e ação. Num mundo globalizado marcado por conflitos, estas ordens templárias dedicam-se a promover a paz, a reconciliação e a unidade entre diferentes grupos religiosos e culturais.
• O Compromisso com a caridade e o Serviço aos Necessitados: A maioria destas ordens concentra-se na caridade cristã e no serviço à comunidade, especialmente aos mais vulneráveis. Isso inclui atividades de assistência social, apoio a hospitais e clínicas, programas educacionais, ajuda a refugiados e programas de assistência a pessoas necessitadas.
• A Honra, Justiça e Lealdade: estas ordens enfatizam um forte código de honra, justiça e lealdade a Deus, à igreja e à comunidade.
• A Espiritualidade e Disciplina Cristã: As ordens templárias cristãs modernas estão profundamente enraizadas na fé cristã, na oração e no autoaperfeiçoamento, enfatizando a proteção da fé, o serviço à comunidade e a promoção de valores cristãos, como o amor ao próximo, a justiça, a verdade e a luta contra a injustiça.
Na pesquisa bibliográfica realizada, a nível de representatividade, pela maior concentração das características e princípios e valores acabados de salientar, algumas das mais conhecidas ordens templárias cristãs modernas são: a Soberana Ordem Militar e Hospitaleira de São João de Jerusalém (Cavaleiros de Malta) e a Ordem dos Templários da Cruz Vermelha.

Depois, temos as Ordens Templárias Esotéricas.

Estes grupos templários mantêm viva a tradição espiritual dos templários, fundindo ensinamentos cristãos místicos com conhecimentos ocultos e tradições esotéricas, promovendo um caminho de desenvolvimento pessoal, sabedoria ancestral, iniciação e transformação espiritual.
A alegada ligação dos Templários ao ocultismo atraiu muita gente interessada numa compreensão mais profunda das forças espirituais e cósmica, que acreditam que os Templários possam ter alcançado.
Desde os seus primórdios, a Ordem do Templo tem estado rodeada de mistério, associada à procura de conhecimentos mais profundos, que não eram acessíveis à maioria das pessoas. A fama dos Templários cresceu não só por causa do seu papel como guerreiros nas Cruzadas, mas também por causa de seu suposto contato com conhecimentos esotéricos do Oriente e culturas antigas. Crê-se que esses templários teriam encontrado sabedoria esotérica de civilizações antigas, especialmente Egito, Grécia e Babilônia, o que influenciou sua visão de mundo e espiritualidade.
A filosofia esotérica entendida como o conhecimento das verdades e leis que regem todo o universo, ligando ao mesmo tempo o natural com o sobrenatural, teve uma influência significativa nestas Ordens, especialmente na tradição e simbolismo incorporados.
Duas correntes esotéricas, a Cabala e o Hermetismo, influenciaram profundamente as tradições ocultas e esotéricas ligadas a estas Ordens Templárias. Ambas as escolas filosóficas buscam uma compreensão profunda do universo, da divindade e da humanidade, e muitos dos princípios cabalísticos e herméticos foram absorvidos pelas correntes místicas medievais.
Na Cabala, os princípios cabalísticos giram em torno do estudo da estrutura do universo e da relação entre o ser humano e o divino. Muitos elementos da Cabala, como a “Árvore da Vida”, foram reinterpretados pelos Templários esotéricos como símbolos de ascensão espiritual e conexão com o divino. A noção de “iluminação” é um conceito central na Cabala, que coincide com a busca da sabedoria secreta que os Templários teriam seguido de perto.

Por sua vez, o hermetismo, enfatiza a relação entre o microcosmo e o macrocosmo, ou seja, a relação entre o ser humano e o universo divino. Princípios herméticos, como o princípio da correspondência ( “O que está em cima é como o que está em baixo. O que está dentro é como o que está fora”), influenciaram a visão dos templários sobre o mundo, e alguns dos atuais seguidores destas ordens, veem os cavaleiros templários como “guerreiros herméticos” conhecedores das leis do universo que regem o mundo.
Após a dissolução dos Cavaleiros Templários no século XIV, muito do conhecimento esotérico que estava associado aos Templários foi preservado e transmitido através de sociedades secretas, como os maçons, os rosacruzes e outras organizações esotéricas. Estas sociedades adotaram muitos dos símbolos e princípios templários, integrando-os nos seus próprios rituais e ensinamentos. Por exemplo, os maçons afirmam ter uma ligação histórica com os Cavaleiros Templários, e alguns dos seus rituais de iniciação e símbolos (como a espada e a bússola), são uma reminiscência dos Templários medievais.
Embora não haja evidências históricas conclusivas de uma relação direta, as sociedades secretas têm sido frequentemente consideradas guardiãs do conhecimento ancestral que inclui tradições esotéricas templárias.
Hoje, o templarismo esotérico continua vivo em várias organizações e círculos espirituais que procuram reviver ensinamentos antigos e aplicá-los à vida moderna, integrando na sua vida cotidiana princípios cabalísticos, herméticos e alquímicos, à mistura com devoção cristã, sabedoria oculta, iniciação e transformação espiritual.

São características Comuns das Ordens Templárias Esotéricas:
• A integração de símbolos com representatividade esotérica: Estas ordens continuam a usar símbolos como a cruz templária, a espada, o escudo e o cálice, que aqui se se assumem como representações de forças espirituais, luta interna ou a conexão com o divino, com interpretações místicas e espirituais profundas, associadas à busca de conhecimento oculto e transformação interior. Tradicionalmente, a cruz templários que é vista como um símbolo de sacrifício e compromisso com Deus, na interpretação esotérica, é essencialmente vista como um símbolo da união do céu e da terra, do equilíbrio dos opostos e da luta interior pela perfeição espiritual. A Espada outro símbolo icônico representa no campo esotérico não apenas o poder físico, mas também o poder da mente e da vontade. A lâmina afiada é vista como um símbolo de discernimento e clareza mental, capaz de cortar ilusões e encontrar a verdade interior. Além disso, a dualidade da espada, com sua capacidade de proteger ou ferir, reflete a ideia de equilíbrio e responsabilidade. Por sua vez, o Escudo Templário, é esotericamente interpretado como proteção espiritual, de defesa da alma contra as forças das trevas.
• A iniciação espiritual e a prática de rituais: A iniciação nestas ordens é semelhante á de outras sociedades secretas, como a Maçonaria. O processo de iniciação é projetado para guiar os membros através da purificação espiritual e de uma compreensão mais profunda dos mistérios divinos. Os rituais templários, interpretados dentro do contexto esotérico, visam purificar o indivíduo física e espiritualmente, preparando-o para alcançar maior sabedoria e avançar no caminho para a iluminação espiritual.
• A integração de ensinamentos e sabedoria oculta: Muitas destas ordens incorporam ensinamentos baseados em tradições místicas e ocultas, como a Cabala, o Hermetismo, a Alquimia e a Teosofia. Através destes ensinamentos, procura-se alcançar um nível mais elevado de sabedoria espiritual e uma maior conexão com o divino.
• A procura do caminho para a iluminação: Como outras tradições esotéricas, o objetivo destas ordens é a iluminação espiritual. Isto envolve uma compreensão profunda dos mistérios do universo e a realização da verdadeira natureza do ser humano em relação ao divino.
• A aproximação ao misticismo cristão: as ordens templárias esotéricas tendem a manter uma forte conexão com o cristianismo, entendido de forma mais mística, com maior enfoque na relação direta com o divino, e nos mistérios espirituais interpretados com símbolos e metáforas.

Como referido anteriormente, na pesquisa bibliográfica realizada, a nível de representatividade, pela maior concentração das características e princípios e valores acabados de salientar, algumas das mais conhecidas ordens templárias esotéricas que na atualidade recorrem a temas templários nas suas filosofias e práticas, são a Ordem Soberana do Templo Iniciático (OSTI) e a Ordem do templo solar ou Ordo Templi Orientis (OTO).
Algumas organizações da Ordem Rosacruz, como a AMORC (Antiga e Mística Ordem Rosae Crucis), também têm conexão com temas templários.
Embora mais tradicional do que esotérica e com maior foco na caridade e na preservação dos valores templários históricos, também a Ordem Suprema Militar do Templo de Jerusalém (OSMTJ) tem algumas ramificações que adotam práticas espirituais e reflexões sobre o legado templário muto mais conectadas com esta tipologia de ordens.
Por último, temos as Ordens templárias leigas modernas.
Estas organizações templárias que não são consideradas religiosas, mas sim fraternas ou caritativas.
Estas ordens concentram-se em atividades filantrópicas e de justiça social, na promoção do altruísmo e da camaradagem, e na preservação da tradição templária como modelo de vida ética, e consideram o templarismo como símbolo de honra, pureza, fé e espiritualidade.
Estas ordens, tal com as esotéricas utilizam rituais baseados na tradição medieval, adaptados às necessidades da era atual. A cruz templária, o uso de espadas cerimoniais e a invocação da proteção divina são elementos relevantes nas suas práticas.
Focadas essencialmente no serviço comunitário, na filantropia e na promoção de valores éticos, estas ordens distinguem-se das ordens cristãs e esotéricas, por não se envolverem diretamente com a religiosidade ou com práticas espirituais esotéricas.
Ao contrário das Ordens Esotéricas ou Religiosas, estas organizações templárias têm uma estrutura mais inclusiva e acessível para pessoas de todas as religiões ou mesmo sem filiação religiosa, e a sua atividade centra-se predominantemente em obras de solidariedade e compromisso social e cultural como forma de revitalizar o legado templário, no contexto dos desafios e necessidades da sociedade atual.

São características comuns das ordens templárias leigas modernas:

• O compromisso com a Ética e a Honra: Os membros destas ordens adotam um código ético e moral inspirado nos ideais medievais dos Cavaleiros Templários: honra, coragem, lealdade, justiça, paz e proteção dos mais vulneráveis. Este código baseia-se principalmente em princípios universais de humanidade e não está necessariamente ligado a uma doutrina religiosa específica.
• O foco na solidariedade e na filantropia: estas ordens dedicam-se essencialmente à ajuda humanitária e à assistência social, a programas educacionais, ecológicos e de apoio à salvaguarda e respeito dos direitos humanos fundamentais, com diversificadas iniciativas altruístas, em causas socias relevantes relacionadas com a pobreza, educação ou saúde.
• O acolhimento de membros de diversas religiões: como referido, uma das principais diferenças com as Ordens religiosas ou esotéricas é que as estas ordens permitem a filiação de pessoas de várias tradições religiosas ou mesmo aquelas sem uma afiliação religiosa formal. O importante é a adesão aos valores universais de justiça, honra, altruísmo e compromisso com a comunidade.
• A Estruturação Hierárquica: Muitas destas organizações mantêm uma estrutura hierárquica semelhante à dos Templários medievais, com graus de iniciação ou pertença que os membros devem alcançar à medida que progridem no seu serviço à ordem e à comunidade.
• A promoção da Paz e da Justiça: Um princípio central para muitas destas ordens é o compromisso com a justiça social, a dignidade do ser humano e a promoção da paz no mundo moderno, com iniciativas orientadas para a luta contra a injustiça, a discriminação ou o desrespeito pelos direitos fundamentais.
• A promoção de atividades culturais e educativas: Para além da justiça social ou caridade, muitas destas ordens dedicam-se à educação e promoção cultural, organizando eventos que reforçam o conhecimento dos princípios e valores templários e a sua aplicação na vida quotidiana.
• A utilização do simbolismo templário: Embora estas organizações não se concentrem na religião ou espiritualidade esotérica, mantêm muitos dos símbolos e emblemas tradicionais dos templários medievais, adaptando-os à sua missão e valores. De referir:

o A Cruz Templária: sendo o símbolo mais reconhecível da Ordem, a cruz pátea vermelha, representa o compromisso com os valores templários de honra, justiça e serviço.
o A Espada: símbolo de proteção, justiça e defesa dos fracos, é usada para lembrar aos membros o dever de lutar pela verdade e integridade.
o O Brasão: Muitas destas organizações usam um escudo para representar a defesa dos valores templários. O escudo simboliza proteção, coragem e compromisso com a justiça e o bem comum.
o O Leão: Como símbolo de força e valor, o leão é usado para lembrar a coragem e bravura dos Templários na luta pela justiça.
o A Coluna: Símbolo de sabedoria e força moral, é usada, por algumas organizações em cerimoniais de iniciação para representar o progresso espiritual ou moral.
o A Coroa: símbolo da realeza espiritual e da autoridade moral, representa para algumas organizações o autoaperfeiçoamento e a nobreza de coração.

Também conforme referido para as ordens anteriores, a nível de representatividade, pela maior concentração das características, princípios, valores e simbologia acabados de salientar, podemos destacar como exemplo atual de ordens leigas, algumas das derivações e ramos da Ordem Suprema Militar do Templo de Jerusalém (OSMTH) que para além da componente cristã ou esotérica, também é conhecida pelo compromisso com causas humanitária, serviço comunitário e ações de caridade, estando a sua adesão aberta a indivíduos de várias religiões, desde que partilhem o compromisso com a visão e valores desta ordem.
Em Portugal, nesta linha de atuação, (…) a OPCTJ – Ordo Templum (Ordem dos Pobres Cavaleiros do Templo de Jerusalém) promove uma visão secular e universalista do templarismo, sem ligação direta com o cristianismo ou o esoterismo, focada na promoção da paz, solidariedade e justiça social, realizando atividades como voluntariado, programas educativos, trabalho comunitário, e promoção e valorização e preservação das tradições e do património templário histórico nacional. (…)

 

A 4.ª vertente e a mais heterogénea representatividade do templarismo moderno é a Cultura popular.

O cavaleiro templário transcendeu a sua origem histórica para se tornar hoje uma figura mítica e poderosa dentro da cultura popular.
Da ordem medieval de cavaleiros cristãos, o templarismo evoluiu na atualidade para uma figura poderosa e mística na cultura popular, adquirindo no imaginário coletivo contemporâneo uma dimensão secreta e simbólica, associada a mistérios antigos, conhecimento oculto e conspirações secretas.
Através de representações na literatura, cinema, videojogos, sociedades secretas e teorias da conspiração, os Cavaleiros Templários passaram a simbolizar muito mais do que guerreiros medievais: eles são os guardiões de segredos sagrados, os protetores do conhecimento oculto e os heróis ou vilões que lutam pelo poder num cenário global.
Vejamos como é entendido o templarismo na literatura.
O tema templário tem sido recorrente na literatura ao longo dos tempos, tendo-se consolidado como fenómeno recorrente e de êxito, a partir do século XIX e, sobretudo, no século XX. Os Cavaleiros Templários são retratados como guardiões de segredos ancestrais sagrados, possuidores de conhecimentos e poderes secretos e proibidos, ou até mesmo, como descendentes de civilizações mais antigas extraterrestres. Este tipo de narrativa, sinónimo de fenómeno global e êxito comercial, tem sido a base de muitos romances de mistério e suspense, levando o templarismo para um público de massas.

2 grandes sucessos:
• O livro “O Código Da Vinci” (2003) de Dan Brown é provavelmente o exemplo mais famoso de como o templário influenciou a cultura popular. Nele, os Templários são descritos como guardiões de um segredo ancestral relacionado com o Santo Graal, e a trama gira em torno de conspirações ocultas e códigos secretos, sob a premissa de que a ordem foi eliminada pela Igreja Católica devido ao seu conhecimento do segredo do sangue real de Jesus.
• O romance “O Pêndulo de Foucault” (1988), de Umberto Eco em que o autor italiano explora o fascínio pelas sociedades secretas e pelos Templários através de uma ficção sobre a criação de uma farsa histórica que gira em torno de ordens esotéricas, incluindo os Templários, em que a história medieval é combinada com mitos modernos.

Vejamos como é visto o Templarismo no cinema e na televisão.

O cinema e a televisão adotaram a figura dos Templários e reinterpretaram-na em diferentes géneros, desde filmes de ação e aventura, mistério ou mesmo terror esotérico. São disso exemplo:
• O “Indiana Jones e a Última Cruzada” (1989): este filme embora não se concentre exclusivamente nos Templários, apresenta elementos da história medieval e do Santo Graal, associados aos Cavaleiros Templários. O filme brinca com a ideia de que os Templários eram guardiões de segredos antigos relacionados com Cristo e o Graal.
• “O Último Templário” (2009): este filme de aventura combina elementos históricos com a tradição mística dos templários. Narra as aventuras de um grupo de arqueólogos que procuram o legado perdido dos Templários, que, como em outras histórias modernas, são retratados como guardiões de um grande segredo.
• “Os Templários” (2011) série de TV, onde aparecem como heróis guerreiros com um profundo senso de honra, mas também como parte de um mistério maior, relacionado com o Santo Graal e conspirações religiosas.

Vejamos agora o templarismo e os videojogos.

Os videogames têm sido outro meio fundamental para popularizar o templarismo na cultura popular, particularmente com a bem-sucedida série Assassin’s Creed (a ordem dos assassinos) da Ubisoft.
A premissa central da história desenvolve-se a partir da rivalidade entre duas sociedades secretas ancestrais: os Assassinos, que desejam a paz através do livre-arbítrio, e os Templários, que têm o objetivo de dominar o mundo e impor a ordem na humanidade. Ambos tiveram uma relação indireta com uma espécie que viveu antes dos humanos, cuja sociedade foi destruída por uma gigantesca tempestade solar. Misturando personagens e ficção histórica com eventos e figuras reais, este enredo reavivou o interesse pelos Templários e levou o tema a um público jovem e diversificado. Para além dos jogos, a série foi adaptada para os mais variados tipos de media, tais como livros, banda desenhada, roupas, brinquedos e um filme lançado em 2016.
Vejamos agora a compreensão do templarismo em teorias relacionadas com conspirações e outras interpretações.
Além de presença nos meios referidos, os Templários têm sido uma figura recorrente em expedições e teorias da conspiração mais ou menos esotéricas, especialmente em comunidades e círculos que exploram sociedades secretas, mistérios antigos e sabedoria oculta.

Eis algumas das especulações e lendas atuais que continuam a moldar o entendimento do templarismo:

• A teoria do Santo Graal e do Sangue Real: Uma das teorias mais populares e difundidas é a que liga os Templários à custódia do Santo Graal. O Graal, considerado como o cálice sagrado da Última Ceia, tem um significado místico e esotérico que fascina geração após geração. Uma das teorias mais populares na cultura contemporânea é que os Templários estavam envolvidos na proteção do Santo Graal e que mantinham segredos sobre a descendência de Jesus. Este mito tem sido explorado por autores e cineastas que exploram como estes cavaleiros medievais poderiam ter mantido um segredo ancestral escondido que alteraria a história conhecida. Sugere-se que os Templários protegeram um segredo ancestral sobre a linhagem de Jesus e seus descendentes através de Maria Madalena. Neste mito, afirma-se que Jesus casou-se com Maria Madalena, tiveram descendência, e os Templários foram os guardiões deste segredo. A propósito, já foi alegado que a organização secreta conhecida como Priorado de Sion foi fundada pelos Templários para proteger o segredo desta linhagem. Estas histórias têm sido extremamente influentes, especialmente com a popularidade de O Código Da Vinci.
• A teoria das sociedades secretas templárias: Esta ligação tem sido explorada tanto em pesquisas históricas como em teorias de conspiração, onde se sugere que os Templários continuaram a existir em segredo ao longo dos séculos. Há quem acredite que os Templários não foram destruídos, refugiando-se, antes, numa sociedade secreta que persiste até hoje, e opera nas sombras controlando os acontecimentos mundiais. Outra teoria muito difundida é a ideia de que os Cavaleiros Templários são os precursores ou antepassados das sociedades secretas modernas, especialmente da Maçonaria. Acredita-se que, após a dissolução da Ordem em 1312, muitos dos antigos Templários escaparam à perseguição e infiltraram-se noutras organizações secretas, como a Maçonaria. A tentar confirmar esta verdade, alguns místicos e estudiosos afirmam que é por este motivo que a Maçonaria adotou símbolos, rituais e ensinamentos templários, transmitindo-os depois através das gerações. Tanto os Templários como os Maçons partilham uma série de símbolos esotéricos e rituais de iniciação, referem estes entendidos. Por exemplo, o uso da espada, da cruz e do pórtico do templo em cerimônias, bem como a figura do mestre ou grande mestre, são elementos encontrados em ambas as organizações. Consequentemente, esta relação tem sido alimentada por várias teorias, que afirmam que os Templários foram os primeiros maçons, encarregados de manter vivos os mistérios ancestrais.
• A procura do Tesouro Templário: Outra lenda comum é que os Templários esconderam enormes riquezas, incluindo tesouros saqueados da Terra Santa ou relíquias sagradas. Acredita-se que esses tesouros nunca foram encontrados e ainda estão escondidos, o que motivou inúmeras expedições de busca ao longo dos séculos. Têm surgido vários locais onde se especula que o tesouro possa estar escondido, desde lugares como Oak Island no Canadá, a Rosslyn Chapel na Escócia, passando por Tomar, até uma série de túneis subterrâneos em diferentes partes da Europa. Muitos acreditam que os símbolos templários (como a cruz templária) e as pedras de certas igrejas e monumentos contêm mensagens codificadas que apontam para a localização do tesouro perdido.

Capela de Rosslyn, Escócia.

• A teoria de ligação a civilizações extraterrestre: Nos círculos mais esotéricos e conspiratórios, especula-se que os Cavaleiros Templários tiveram contato com seres extraterrestres ou civilizações avançadas. Estas teorias baseiam-se frequentemente na ideia de que os Templários possuíam conhecimentos proibidos que lhes eram revelados por entidades sobrenaturais, ou que os artefactos que guardavam, como o Santo Graal, tinham propriedades sobrenaturais. Algumas versões desta teoria sustentam que os Templários receberam ou protegeram tecnologia avançada ou sabedoria de origem extraterrestre. Neste sentido, diz-se que os Templários foram os primeiros a descobrir ou tirar proveito do conhecimento e tecnologia extraterrestre, e que o seu misterioso poder militar e financeiro veio desse saber secreto. E ainda, os adeptos da teoria do Astronauta Antigo sustentam que os Templários podem ter tido contato com os Anunnaki, uma raça extraterrestre que, de acordo com as lendas mesopotâmicas, influenciou a evolução da humanidade. De acordo com esses mitos, os Templários teriam sido guardiões de conhecimentos ancestrais relacionados com estes seres.
• A teoria da nova ordem mundial: Outra teoria é que os Templários fazem parte de um vasto plano para estabelecer uma Nova Ordem Mundial (NWO). De acordo com esta teoria, os Templários não eram apenas um grupo religioso e militar, mas uma sociedade secreta internacional que operou nas sombras durante séculos para controlar o destino da humanidade. Nesta narrativa, argumenta-se que os Templários nunca foram realmente eliminados e que, em vez de serem destruídos pelo Papa Clemente V, continuaram a operar em segredo, infiltrando-se em governos, instituições religiosas e financeiras ao longo dos séculos. O objetivo seria manipular a política e a economia globais para estabelecer um governo centralizado e autoritário, com controle total sobre os recursos do mundo, baseado nos ideais templários.
• A teoria das mensagens escondidas na arte e arquitetura medieval: A arquitetura medieval e os símbolos templários têm sido objeto de inúmeras especulações modernas sendo que alguns acreditam que os Templários deixaram mensagens escondidas em monumentos, igrejas e templos, que fazem alusão ao Santo Graal, à linhagem de Cristo ou ao tesouro perdido.

Aqui chegados, desta diversificada viagem pelo mundo do templarismo moderno, podemos concluir o seguinte:

Hoje, o templarismo, podendo ser um fascínio por aspetos históricos reinterpretados, podendo referir-se a grupos que procuram preservar as tradições dos Cavaleiros Templários, podendo ser um caminho esotérico, cristão, espiritual ou altruísta, podendo abarcar diferentes teorias da conspiração concebidas a partir de mitos e factos históricos, o certo e inquestionável é que continua a fascinar milhões de pessoas em todo o mundo, contribuindo para a inesgotável e sucessiva alimentação do legado o templário.
Efetivamente os fatos históricos relacionados com a Ordem dos Templários conseguiram, como poucos outros eventos da história humana, ao longo dos séculos até à atualidade, alimentar e alavancar ideias e doutrinas que, mediante osmose ou transformação perduram nos nossos dias, configurando- se como verdades, que combinam história, misticismo, conspiração e poder oculto. Do Santo Graal à Nova Ordem Mundial, dos templários extraterrestres ao sangue sagrado, o Templarismo tornou-se um potente veículo para explorar as grandes questões da humanidade sobre poder, conhecimento e espiritualidade.
Por mais diversificadas, não relacionáveis ou incoerentes entre si, as vertentes apresentadas do templarismo são essenciais e importantes na medida em que despertam o interesse pela história e pelo património cultural e estimulam a curiosidade e abertura dos sentidos aos mitos e símbolos, fazendo renovar a cada nova interpretação ou segredo descoberto, o interesse neste mundo, sendo esse o seu mérito maior para a sobrevivência templária.

Se são muitos os caminhos para se chegar ao templarismo, como encontrar a nossa templaridade?

Voltando a Stelio Venceslai na “utopia templária”, refere este autor que no vazio geral de ideias e de impetuosidade emotiva dos tempos atuais, o movimento templário tal como hoje é entendido, pode desenvolver um papel relevante através da reunião de pessoas de boa vontade num movimento concertado que procura integrar a espiritualidade nas respostas fundamentais às exigências do homem de hoje.
É necessário, refere este autor, “instaurar uma nova aristocracia da mente, da tolerância e do exemplo, portadora de valores inalienáveis como a ética da memória, a razão, a justiça, a paz, a solidariedade e o otimismo”, valores que devem estar na base de uma consciência comum de coresponsabilidade por aquilo que será o nosso futuro.

Como consegui-lo?

É necessária uma viagem reflexiva ao interior de nós próprios onde devemos encontrar ou recuperar os valores adormecidos da consciência coletiva que devem integrar a conduta de cada um de nós.
Nesta viagem interna é determinante a transposição dos portais de ligação ao nosso passado histórico, designadamente aos ideais da cavalaria e da ordem templária.
Será este fortalecimento espiritual que nos vai permitir encontrar uma resposta para as atuais angustias existenciais e escolher uma maneira diferente de ser e agir face, repetindo Stelio Venceslai, “ uma sociedade de consumo materialista, caraterizada por mercantilismo agressivo, consumismo desenfreado e crise de valores generalizada, que facilitam o caminho para fundamentalismos e radicalismos, religiosos, políticos e sociais, perigosos.
A templaridade é, assim, um roteiro interno espiritual e ético ao encontro da vontade de ser e poder fazer a diferença, que nos convida a alinhar a vida com um propósito maior que o dos nossos interesses e desejos pessoais, orientando as nossas decisões e ações diárias, para uma relação consciente de altruísmo e solidariedade para com os outros e de respeito pela natureza e por todas as formas de vida.
É condição prévia essencial para iniciar esta trilha , o trabalho constante sobre si mesmo para aprendizagem, fortalecimento ou disciplina:
• Quer da força interior que nos permitirá enfrentar as dificuldades ao longo do caminho com coragem, moderação, resiliência e sabedoria. Esta força interior conseguir-se-á disciplinando a força física e mental , para se alcançar a força espiritual, entendida como a verdade divina de cada de cada um, assente em princípios e ensinamentos resultantes de uma liberdade religiosa, aceite e respeitada .
• Quer do desenvolvimento do caráter e da virtude: o verdadeiro caminhante espiritual é aquele que luta constantemente contra seus próprios defeitos e paixões internas, como raiva, inveja ou vaidade, a fim de viver com mais sabedoria e humildade. Este processo de preparação é um esforço contínuo de conexão com o divino de cada um e só termina quando a pessoa consegue tornar-se uma versão melhor de si mesmo.

Concluído este treino de preparação, estaremos aptos então para percorrer a trilha que, nos conduz à descoberta ou reencontro do modo de Viver com o propósito superior da espiritualidade.
Esta trilha espiritual de dificuldade média a difícil, consoante o treino, força interior, caráter e virtude de cada caminhante é feita essencialmente via meditação, introversão e introspeção e convida as pessoas a viverem de acordo com princípios elevados, a fortalecerem a sua vida interior, a servirem os outros com amor e a lutarem pela justiça e pela paz em todos os aspetos da vida moderna.
Cada desafio, cada dificuldade é vista como uma oportunidade para aprender, crescer e se aproximar de um estado de maior sabedoria e paz interior.
É necessária atenção ao longo da jornada e conseguir encontrar os portais de metamorfose espiritual que uma vez atravessados, transportam e conectam os ideais e valores templários do passado com as nossas necessidades da espiritualidade contemporânea.
O caminho para a iluminação conclui-se com o Equilíbrio Interior entre as sombras internas (os nossos medos, fraquezas e deficiências) e a luz da alma, (expressão do nosso divino manifestado na realização do bem, da justiça, da solidariedade, da dignidade, e do respeito pelo mundo que nos rodeia). Esta dualidade entre luz e sombra é reconhecida como parte do processo de cura e crescimento interior. Consegue-se esta vivência encontrando o equilíbrio entre a reflexão profunda e a ação justa.

A templaridade enquanto maneira de viver e de se manifestar completa-se com o compromisso com a solidariedade e com a comunidade: o templário moderno deve ter o altruísmo ,a bondade e a generosidade, a amizade e o companheirismo, como pilares base de conduta.
Um Templário moderno vê na sua vida uma oportunidade para ser um agente de mudança positiva, lutando pela equidade e harmonia a todos os níveis da sociedade
Este comportamento deve manifestar-se no dia-a-dia, em pequenas decisões como ajudar um amigo, apoiar um colega de trabalho, oferecer conforto a um ente querido ou envolver-se em causas que promovem o bem-estar dos outros. O Templário moderno reconhece que servir aos outros é uma das mais altas maneiras de cumprir o seu propósito maior e exprimir o seu eu espiritual.
A verdadeira transformação realiza-se quando a pessoa deixa de viver para si e passa a viver para os outros, colocando-se ao serviço da comunidade, da justiça e da verdade. Ao agir desta forma, o Templário transforma não só a sua vida, mas também a vida daqueles que toca.
Para aqueles que não tenham renunciado à sua liberdade de pensamento e à sua esperança e capacidade de mudar as coisas, a templaridade é, pois, uma vivência moderna, com a consciência da necessidade de utilizar os nossos recursos para melhorar a nossa vida e a dos outros.

É ter a convicção que podemos fazer algo de diferente para ajudar a mudar o mundo.
Neste sentido a utopia templária ainda tem um papel importante a desenvolver no interesse de todos.
E se não se persegue a utopia, não se consegue a coragem de viver espiritualmente.

Victor Marques – Comenda de Santo André (Mafra)

Fontes (e.g.):
+ Medeiros, J. (coord.) (2024). Ordens de Cavalaria, Monásticas e Iniciáticas: Três caminhos para o autoconhecimento, na Biblioteca do Palácio Nacional de Mafra. Mafra: Município de Mafra. ISBN: 9789728204860.
+ Venceslai, S. W. (2017). A utopia templária. Sintra: Zéfiro. ISBN: 9789896771454. 

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